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Fluídos – óleo de motor
Manutenção preventiva é ponto chave para aumentar a vida útil da sua motocicleta e evitar stress e despesas desnecessárias. São vários os pontos da manutenção, entre eles os fluídos (óleo de motor, óleo de suspensão, fluído de freio e fluído de arrefecimento).
Neste artigo vamos abordar o óleo do motor, que é responsável por controlar a temperatura do motor, além de ter a função de lubrificar os cilindros, os pistões e, no caso das motos, a caixa de câmbio e a embreagem. Uma boa lubrificação desses itens é essencial para diminuir o atrito entre as peças e evitando, assim, desgaste excessivo.
Atualmente existem diversos tipos de lubrificantes de motor. Podem ser óleos graxos (de origem animal ou vegetal), óleos minerais (derivados do petróleo), óleos sintéticos e semi-sintéticos (produzidos em laboratório). Há uma gama extensa de tipos de óleo, que se diferem pela densidade, viscosidade e aditivos, sendo os produtos sintéticos mantêm a estabilidade do óleo por mais tempo.
Na hora de escolher, você deve ficar atento ao tipo de uso da sua motocicleta, às especificações do lubrificante e à recomendação do fabricante da moto para manutenção adequada dos componentes. No caso da Bajaj, cujas motocicletas vão de 160 cc até 400 cc, o óleo indicado pela fábrica varia de modelo para modelo.
Nas Dominar 160 e 200, o óleo indicado é o tradicional SAE 20W50 API ‘SL’ ou JASO ‘MA’ que é encontrado com facilidade e baixo investimento. Já a Dominar 400 exige um lubrificante 100% sintético 10W50 JASO ‘MA2’ API SL.
Estas siglas, encontradas em todos os óleos de motor, representam as entidades internacionais responsáveis pela elaboração de uma série de normas (baseadas em testes específicos) para a classificação dos lubrificantes, de acordo com seu uso.
O óleo lubrificante escolhido pela Bajaj, por exemplo, segue as normas da API (American Petroleum Institute). O “SL” é referente ao nível de desempenho do óleo. Quanto mais para frente a segunda letra da sigla estiver na sequência do alfabeto, melhor é seu desempenho. Ou seja, um óleo API-SL é melhor que um API-SH, e assim por diante. A nomenclatura JASO MA2 (Japanese Automobile Standards Organization) classifica a adequação do óleo lubrificante também ao sistema de transmissão da moto.
Já os números, 10W40, por exemplo, correspondem à classificação da SAE (Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos óleos a 100ºC. A letra “W” significa “Winter” (inverno, em inglês) e ela faz parte do primeiro número, como complemento para identificação. Quanto maior o número, maior a viscosidade, para que o óleo suporte temperaturas mais altas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar, evitando prejuízo ao fluxo do lubrificante.
Dicas e cuidados importantes:
- Nunca use óleo de carros em motocicletas;
- O óleo certo (viscosidade) para cada modelo de moto é o recomendado pelo fabricante;
- Verifique diariamente o nível do óleo da sua moto, que deve ser mantido sempre entre os dois traços do medidor;
- Na troca de óleo, confira a necessidade de substituir os filtros de óleo e ar da motocicleta;
- Caso sua moto não rode muito, faça a troca a cada seis meses;
- Nunca misture tipos de óleos diferentes;
- Quando se utiliza um lubrificante com nível de desempenho inferior ao recomendado pelo fabricante do veículo, mesmo reduzindo o período de troca, pode haver problemas de formação de borra devido ao envelhecimento (oxidação) precoce do lubrificante ou comprometimento da função de lubrificação do motor pelo óleo;
- Aditivos ao óleo não melhoram o desempenho do motor.